quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

De volta!

Ora bem. 5 anos e meio depois. O que mudou? O que continua igual? O saudosismo mantém-se? As pombas são outras? Tenho novas histórias? Este texto vai ser feito unicamente de perguntas? O Stephen King ainda tem o mesmo estilo de escrita?
Não.
É importante perceber que  Stephen King é agora um homem mais abastado e que foge um pouco do estilo do autor de The Shining ou Pet Sematary. Ele já escreveu para a Marvel. Ganhou entretanto muito mais prémios e consequentemente mais prestígio. Já não é tão conhecido como autor de culto. Já é autor Pop. Autor para as massas.
A globalização e o dinheiro fazem destas coisas, assim como também fazem parecer por vezes algo insignificantes as lembranças que mantemos da nossa infância.
O importante de qualquer forma, não é a dimensão das memórias mas sim a importância do papel que tiveram naquilo em que nos tornamos.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Meia Branca

Passou-me agora mesmo pela ideia algo assustador. A meia branca do inicios dos anos 90. E se volta? Bom, se depender de mim, pode voltar nas festas de halloween por exemplo. Mas era estranho, na minha parvónia a ida à discoteca, aquela ida de 6ª ou Sábado à noite, era motivo de fato, gravata e meia branca. MEIA BRANCA!!! A recordação quase me deixa em estado de choque. Pensando bem, será esse um dos motivos pelos quais parte das minhas memórias de infância são dificeis de obter? O efeito LSD provocado por essas modas estranhas e de proveniência duvidosa? Já agora para não ser acusado de sexista. O que se passava com as "popas" que adornavam a cabeça das miúdas, em forma de onda fulicular. Comentários?
Tenho de considerar que além das boas recordações, tenho também de apontar o dedo ao que não desejo que se retipa. Imagine-se algo do género a repetir-se?!?! Pior que uma crise do petróleo. Acreditem, ia ser grave. :)

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Uma definição pessoal

Saudosismo.
Vou dar a minha definição e pela qual guio-me na altura de escrever sobre a minha infância.
Saudosismo-boas recordações através das quais relembro cenas, personagens e factos que marcaram-me e algumas a minha própria geração e a partir das quais recorro para definir aquilo que sou.
Desmontando o mito, é a forma de pintar uma tela colorida, alegre e consonante com a minha necessidade de estímulo positivo no qual me apoio para construir o futuro e antever o dia de amanhã.
Posso estabelecer um paralelo com a definição de fé. Ainda à dias ouvi na TSF uma entrevista a um peregrino. Um homem que decidiu peregrinar a Jerusalém. A determinada altura é questionado sobre a sua fé, para fazer este género de peregrinações e lá veio ele com o blá blá blá de, o que é a fé?
Mas o ser humano gosta mesmo de complicar. O que é a fé? O que é a fé? Gente, fé, é acreditar em algo e que essa crença nos dá força. Pode ser em si próprio, no vizinho, no peixe do aquário, no raio da cientologia, no Tom Cruise, na Madonna....não é assim tão complicado, parece que têm medo de dizer que têm fé e depois serem associados à religião cristã e devota.
É como o saudosismo. Parece que é algum motivo de embaraço ser saudosista!
Já agora será que ainda é embaraço dizer que um homem gosta de cozinhar?!
Vou-me à vida, a pensar que era simples na minha infância pensar num futuro a ler comics e ouvir heavy metal. Paz.
P.S. não fiquei chateado pelo comentário :)

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Curioso, quando penso a quantidade de vezes que cada vez mais recordo estas histórias da minha infância. Por vezes fico mesmo sem saber se já as contei a sicrano ou beltrano, se me repito, ou se conto pela primeira vez.
Nesta ocasião foi sobre as mercearias dos anos 70. O arroz, o feijão, tudo a granel, a marmelada caseira, o leite, o pão e o azeite distribuidos casa a casa. Os burros que carregavam grandes depósitos metálicos. Como se chamavam? O papel mata-morrão. Os balcões dos tascos lá da terra. Prateleiras de vidro que permitiam o repouso dos copos usados vezes sem conta, pela mesma pessoa, por pessoas diferentes. Um quartilho de verde tinto por favor.
Os velhos de então sentados nas soleiras, a trocar histórias, como agora estou a fazer nesta soleira virtual, neste tasco, com estas prateleiras onde pouso as minhas histórias.
Não quero fazer deste tasco, o meu tasco, é também de todos os que queiram partilhar as suas memória.
Por isso escrevam, opinem e critiquem.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Viva o rebuçado

Ainda ontem numa sessão de explicações que dou para ajudar a equilibrar o orçamento mensal, uma aluna trouxe-me alguns livros antigos da primária, dos anos 40 e 50, sim, de à 50 anos atrás e dentro dos mesmos papel de embrulho de 2 rebuçados. Não me lembro a marca, mas lembrei-me dos rebuçados, eram uns rebuçados compridos, esbranquiçados, sem qualquer sabor que não de açúcar. Eram a 2 tostões, ainda os comprava nos anos 70, na minha infância. Tenho a certeza que não passavam nas inspecções da ASAE mas também tenho a certeza que eram mais saudáveis do que qualquer coisa que se venda hoje em dia.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Nota do Editor e dono desta Tasca

Criei este blog um pouco saudosista porque me apeteceu.
Estou certo que podia ter feito outra coisa qualquer, mas não fiz.
Estou no meu intervalo de almoço e coloco esta mensagem inicial para provar que afinal na hora de almoço podemos fazer algo diferente de ...almoçar.
Não comecem a usar chavões e colocar-me no pedestal, exprimindo a vossa admiração pela minha brilhante ideia de criar um blog centrado no tema de histórias do passado,boas histórias, que se fôr para histórias tristes criem outro blog, por exemplo o blog Quando era pequeno não tinha altura para a minha idade, ou então o blog, Quero ser ginecologista quando fôr grande para deixar de lado este sentimento reprimido de não ter namorada.
Bom, aceito que são temas interessantes, mas são tristes e aqui a tristeza não cola.
Nem as pombas são o que eram. Vinha no outro dia de carro a pensar em como era diferente ser miúdo nos anos 80 e ser miúdo agora. A determinada altura passo perto de um bando de pombas e elas nem se mexem. Com o carro a passar a centímetros e elas impassiveis, como que a desafiar, como que a pensar, passa, passa, que eu estou com demasiada preguiça para mexer os meus membros posteriores.
Eu fiquei atónito!!! Há uns anos atrás isso era impossivel. Ainda coloquei a hipotese de se tratarem de pombas mutantes, mas achei um pouco exagerado. Na realidade tudo, é hoje muito diferente de à 25 anos atrás.
Podem dizer que era o mesmo entre os nossos avós e os nossos pais e daí qual o interesse neste blog?
Ao que respondo, estas são as nossas e vossas histórias e não as deles e também, porque raios não posso fazer o que me dá na telha? O blog é meu, portantes, fui.